Literatura do Folclore: Ditados e Provérbios: P3

Pela palha se conhece a espiga.
Pela repetição, até o asno aprende.
Pelas costas dos outros se vêm as nossas.
Pelas luas se tiram as marés.
Pelo amor se ganha o Céu.
Pelo andar da canoa se conhece quem vem dentro.
Pelo andar da carruagem vê-se logo quem lá vai dentro.
Pelo armar da besta se conhece o besteiro.
Pelo dedo se conhece o gigante.
Pelo fruto se conhece a árvore.
Pelo que as pessoas fazem é que se pode avaliar o que elas realmente são.
Pelo rodar da carruagem se conhece quem vai dentro.
Pelos amores novos se esquecem os velhos.
Pelos domingos, tiram-se os dias santos.
Pelos maus perdem os bens.
Pelos olhos se conhece quem tem lombriga.
Pelo(s) santo(s) se beija (beijam-se) o(s) altar(es).
Pelos santos, adoram-se as pedras.
Pelos santos, beijam-se os altares.
Pelo subordinado se conhece o chefe.
Pelo voo se conhece a ave.
Penico de barro não dá ferrugem.
Penico também é branco.
Pensa no descanso, mas trabalha sempre.
Pensar e falar é mais prudente do que falar e escrever.
Pense bem antes de falar.
Pense duas vezes antes de agir.
Pense rápido, fale devagar.
Pé que não anda não dá topada.
Pequenas causas produzem grandes efeitos.
Pequenas faltas muitas vezes são causas de grandes dores.
Pequeno machado derruba grande árvore.
Pequeno mal espanta e o grande amansa.
Pequenos mananciais formam grandes rios.
Perca-se tudo, mas fique a boa fama.
Perca-se tudo, menos a honra.
Perdendo tempo, não se ganha dinheiro.
Perder não faz bom cabelo.
Perdeu uma batalha, mas não perdeu a guerra.
Perdido é quem atrás do perdido anda.
Perdido por cem, perdido por mil.
Perdido por pouco, perdido por muito.
Perdoar ao mau é dizer-lhe que o seja.
Perdoar é compreender.
Perdoar é fácil, difícil é esquecer.
Perdoa-se, enquanto se ama.
Perdoa-se o ódio, mas não o desprezo.
Perdoo-te o mal que me fazes, pelo bem que me sabes.
Periquito come milho, papagaio leva a fama.
Perto da igreja, longe de Deus.
Perto da razão, longe da culpa.
Perto de quem come, longe de quem trabalha.
Perto vai o fumo da chama.
Peru calado ganha um cruzado.
Peru, em mesa de pobre, um dos dois etá doente.
Peru é que morre de véspera.
Peru falando sai apanhando.
Peru gritador leva chiqueirador.
Peru, quando faz roda, quer minhoca.
Peso e medida tiram o homem de fugida.
Pessoa bonita, desassossega.
Pessoa que mente não merece fé.
Pião gabado vira carrapeta.
Pilão seco não dá paçoca.
Pimenta é gordura de bem-te-vi.
Pimenta do cu da gente é refresco no cu dos outros.
Pimenta no cu (na bunda) dos outros é refresco.
Pimenta nos olhos dos outros não arde.
Pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Pingo, pingo, faz goteira.
Pinica-pau não tem machado e come abelha.
Pinto de janeiro é que enfeita o terreiro.
Pinto de janeiro é que sobre ao poleiro.
Pinto pelado, urubu camarada.
Pior a emenda que o soneto.
Pior cego é o que não quer ver.
Pior do que girafa com dor de garganta é elefante com gripe.
Pior que o inimigo é o mau amigo.
Pipoca não quer ser feia.
Pirão feito não se deixa.
Pirão pouco, meu bocado grande.
Pitomba, em boca de velho, não tem descanso.
Piu, piu, piu, piu, ao terceiro piu vai buscar água ao rio
Plantamos o se, nasceu o eu gostaria...
Planta muito mudada não medra.
Pobre com baú perde o trem.
Pobre, comendo galinha, é sinal que não tem dinheiro para comprar carne.
Pobre com pouco se alegra.
Pobre com rica casado, mais que marido, é criado.
Pobre do homem isolado.
Pobre é como cachimbo: só leva fumo.
Pobre é como chapéu: só leva na cabeça.
Pobre é como parafuso: só vive apertado.
Pobre é como pneu: quanto mais trabalha mais liso fica.
Pobre é como porão de navio: só vive debaixo.
Pobre é como punho de rede: só vive com a corda no pescoço.
Pobre é como quiabo: só vive liso.
Pobre é como tapete: nasceu para ser pisado.
Pobre é o cavalo de o cão andar montado.
Pobre é o diabo.