Na  bodega  de Joquinha,  entrou  Doquinha-doido com
vontade de beber a cachaça de que ele mais gostava: a do Brigadeiro.
- Bota aqui pra mim, Seu Joquinha. - e Doquinha-doido, nervoso do vício,
deu três tapas no balcão da bodega, chega assustou o bodegueiro e o vendedor de
mercadorias ao dono da bodega.
Pedindo licença ao vendedor, Joquinha foi buscar a garrafa. Voltando para
o balcão, derramou a cachaça diante de Doquinha-doido. Marcou o tanto da dose
no copo, derramando-a na madeira do balcão.
- Pera aí, Seu Joquinha.  -  protestou Doquinha-doido, de olhos
arregalados.  - Que estrago danado o senhor fez?
- Mas foi você que mandou eu botar em cima do balcão. Agora, beba.
-  O senhor é muito do ingnorante, Seu Joquinha.
- Ignorante, não. Só faço ensinar burro aprender a andar.
Doquinha-doido saiu porta afora se tremendo e a jogar desaforos para
Joquinha. 
JN. Dantas de Sousa, Eurides.
