Literatura do Folclore: Ditados e Provérbios: O5

Onde mata o boi se esfola.

Onde mora raposa, não se cria galinha.
Onde muitos mandam, ninguém obedece.
Onde não chega o pano, chega a tesoura.
Onde não entra o sol, entra o médico.
Onde não há cachorro, galinha carrega osso.
Onde nasce a lagarta, aí se farta.
Onde o calo canta, aí janta.
Onde o ouro fala, tudo cala.
Onde passa o boi, passa o cavalo com o vaqueiro.
Onde passa (entra) um boi, passa (entra) uma boiada.
Onde quer que você esteja, você sempre estará lá.
Onde se acaba a terra de Nosso Senhor, começa (emenda) a de Nossa Senhora.
Onde se chora não cantes.
Onde se mata o boi, aí é que se esfola.
Onde se perdeu a camisa, aí é que se procura.
Onde se quebrou o pote, aí é que se procura a rodilha.
Onde tem onça, macaco não pia.
Onde te querem muito, não vás a miúdo.
Onde todos ajudam nada custa.
Onde vai o emprestado, que venha remediado.
O necessário deleita, o desnecessário atormenta.
O noivado vai na sela, e o arrependimento na garupa.
O novo por não saber e o velho por não poder deitam tudo a perder.
Ontem, éramos três: eu, você e a felicidade; hoje somos dois: eu e a saudade.
Ontem vi chorando quem riu de mim no passado.
O número dos tolos é infinito.
O olho do cego é na mão.
O olho do dono, engorda o cavalo.
O olho do dono trabalha mais que as mãos.
O ouro é mais baixo que a virtude.
O pano que desce, a comédia acabou.
O pau só quebra nas costas dos mais fracos.
O passado, passado.
O pau entorta no cu do rico, e quebra no do pobre.
O pau se conhece pela casca.
O pé do dono estruma o roçado.
O peixe morre pela boca.
O pensamento não tem barreiras.
O perdão faz o ladrão.
O perder não faz criar bom cabelo.
O pinto já sai do ovo com a pinta que o galo tem.
O pior cego é aquele que não quer ver.
O pior do esfolar é o rabo.
O pior cego é aquele que não quer ver.
O pior cego é aquele que se recusa a ter cão.
O pior surdo é aquele que não quer ouvir.
O pior uso que se pode fazer da liberdade é abdicar dela.
O pior veneno do mundo é a língua do povo.
O pobre só acha a vida doce quando chupa pirulito.
O poder de Deus é grande, mas o mato é maior.
O poder endurece os maus e justifica os bons.
O porco morre na véspera, e o homem no dia.
O porteiro morreu pisado.
O pouco basta, e o muito se gasta.
O pouco com Deus é muito, e o muito sem Deus é nada.
O pouco repetido faz muito.
O povo aumenta, mas não inventa.
O povo tem o governo que merece.
O prato não é para quem o faz, mas para quem o come.
O preguiçoso se diz mais inteligente do que sete sábios.
O preguiçoso trabalha mais que o trabalhador.
O presente é a bigorna onde se forja o futuro.
O presente é o melhor julgador do passado.
O preso prefere ser um preso rico a um pobre criminoso.
O preso também se solta.
O primeiro amor passa, mas o coração continua.
O prevenido vale por dois.
O primeiro milho é dos pintos.
O primeiro milho é para os pardais.
O princípio são flores, a choradeira é no fim.
O problema do menor é o maior do Brasil.
O prometido é devido.
O prudente, da afronta toma aviso.
O que a água dá, a água levará.
O que abunda não prejudica.
O que abusa do poder, perde-o tarde ou cedo.
O que a chuva faz num dia, o sol não desmancha em dois.
O que a gente quebrando não tem mais jeito é jejum e segredo.
O que aguenta mais peso neste mundo é pau em pé e mulher deitada.
O que anda a cavalo vive pouco; e o que anda a pé, contam-no por morto.
O que aperta é o que segura, e o que dói é o que cura.
O que bem começa, bem acaba.
O que cair na rede é peixe.
O que cedo amadurece, cedo apodrece.
O que custa é o que lustra.
O que dá fama dá desdém.
O que dá mais no sertão é menino e jerimum.
O que de noite se faz de manhã aparece.
O que deseja, mas não age, semeia a peste.
O que Deus faz ninguém desfaz.
O que Deus não quer, o diabo não enjeita.
O que dinheiro não fizer neste mundo, nada mais faz.
O que é bom custa caro.
O que é bom dura pouco.
O que é bom não acontece.
O que é bom não dura.
O que é bom nunca é demais.
O que é brinquedo para o gato é morte para o rato.
O que é demais, molesta.