Quem já não ouviu esta
frase: Silêncio existe. Tanto se usa como sabedoria popular quanto erudita. E quanta
vitalidade e compreensão das coisas do mundo se descobre quando se está em
silêncio.
Não se refere aqui ao silêncio
de alguém taciturno, aquele que vive a falar pouco, ser sujeito calado, triste
ou tristonho. Ou aquele silêncio sepulcral. Também o não desejar a ninguém a privação
biológica do silêncio. Nem jamais se presenciar ser humano a se valer da
autoridade e violência para mandar calar ou impor silêncio.
Silêncio é embrião de
paz. Onde há silêncio não haverá desassossego, discussão, violência. Entretanto,
por não saberem silenciar diante de qualquer problema ocasional, como algo
ruidoso e barulhento, é que milhares entram logo em aflição.
Cada vez mais
cidadãos sofrem amarguras devido a transgressões do silêncio nas zonas urbanas:
tais como sons musicais estridentes, vozes humanas febris, vizinhança
libertina, bares popularescos, igrejas irreverentes etc.
Como silêncio é estado
de quem se cala, de quem se humilha, usa-se de silêncio para ouvir o
dicionarista, ao discorrer significados de palavra. Entrar em silêncio para
ouvir a música em volume equilibrado.
Indivíduos sem princípios atrapalham silêncio de vizinhos, quer em dia de domingo, quer em dia feriado,
ou porque se acha em férias escolares ou trabalhistas.
Assim, onde estiver, ou
com que estiver, deve se conscientizar de que o Silêncio existe e deve ser ele usado e praticado com prudência. Eis a norma clara e a forma de pensar de um espírito conservador,
educado com princípios e leis.
JN. Dantas de Sousa